Às vezes odeio


Às vezes odeio todos os livros de autoajuda lotado de frases otimistas e premissas de um futuro maravilhoso. Quando estou no poço e sinto-me afundar cada vez mais, todas as frases positivas parecem promessas falsas, afinal, é muito fácil dizer coisas bonitas quando se está no topo do mundo. Mas, no fundo do poço, tudo o que é bom parece querer afundar junto.
E não é fácil sair do abismo. Há uma areia movediça que prende os pés e um abraço que se passa por caloroso a prender os braços, mas de caloroso não há nada. O negativismo parece seduzir como qualquer outra coisa que vicia. Ficamos viciados em ficar para baixo. Nos depreciar cada vez mais, porque jamais seremos bons o suficiente.
Mas não é verdade. Não há nada de bom em sentir-se a mosca do cocô do cavalo do bandido. E os autores de autoajuda foram sinceros com você. Não precisamos estar com a vida feita ou plenamente satisfeitos para desejarmos o melhor para nós mesmos, é verdade: você merece o melhor, simplesmente por estar nesse mundo enfrentando todas as dificuldades desta vida louca.


Querer o melhor para nós mesmos não é desejar viver na ilusão de um conto de fadas, mas sim ter fé de que nossas ações trarão consequências gratificantes e receberemos as recompensas justas, afinal, merecemos colher os frutos das sementes que plantamos. E pensar positivo ou ser otimista nada mais é que desejar alcançar os sonhos pelos quais travamos batalha.
Se você também enfrenta um momento difícil, pare um pouco, respire fundo e pare de se menosprezar: não há problema algum em ser diferente ou fazer as coisas no seu tempo. A vida não é uma disputa e ser feliz faz parte do caminho, não do final. O problema está nas distorções de nós mesmos sobre o que realmente importa e situação alguma é digna de roubar nossa essência ou felicidade. Lembre-se que um dia novo sempre virá.

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Criado por: Andréa Bistafa.
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