17 e a vida

Ah, os meus 17 anos. Tem fase da vida melhor que a adolescência? Não possuir preocupações por ainda não ter idade suficiente, mas desfrutar de milhares de planos e ambições na bagagem. Trocaria todos os meus 23 anos para voltar aos 17.
Naquela época, nós costumávamos passar os intervalos do Ensino Médio sentados na grama, sentindo o sol na pele. Falávamos sobre tudo e de qualquer coisa. Planejávamos uma vida inteira, mas também não fazíamos nada. Sequer estudávamos às vezes. A vida era tão boa para se preocupar por pouca coisa.
Eu ouvia rock, tinha o cabelo cor de rosa e uma tartaruga de estimação com o nome de uma banda. Não era rebelde nem nada, apenas queria fazer o que gostava, porque podia fazer. Quem ligaria, afinal?
Com 17 anos você não precisa se preocupar em ser um fracasso total. Até mesmo porque, se fracassar, pode seguir quantos caminhos diferentes quiser e ainda assim será cedo para decidir definitivamente o que ser quando crescer.
Com essa idade, às vezes eu saía para shows de rock e às vezes jogava Imagem e Ação¹ na escola. Não precisamos de muito para nos divertir quando tudo é novidade.
Hayley Williams, vocalista da banda Paramore

Publicações de 2015

Boa noite!

Esse é um post super especial para divulgar minhas publicações de 2015. Ano passado comecei a escrever também contos de suspense e terror (pois como sabem sou apaixonada pelo gênero ♥ rs)

Em 11 de abril será lançada a antologia "Eu me ofereço! Um tributo a Stephen King", com organização de Rô Mierling e Editora Illuminare, onde participo com o conto "Fim da Linha".
Trata-se de uma coletânea de contos de terror em homenagem ao (mestre) Stephen King. Terá edição em inglês e português. As edições são limitadas, para adquirir entrar em contato pelo e-mail: antologiasbrasileiras2014@gmail.com



Em 30 de maio será lançada a antologia Legado de Sangue, da Editora Andross, com organização de Alfer Medeiros, no evento Livros em Pauta, em São Paulo, onde eu participo com o conto "Sob a Penumbra". Trata-se de uma coletânea de contos de terror e suspense. Mais informações a respeito do evento serão divulgadas em breve. Também estarei vendendo exemplares, para adquirir entrar em contato pelo e-mail: amandabistafa@hotmail.com



Cemitério de borboletas

Era noite de quarta-feira quando a terceira borboleta entrou no meu quarto. As duas que entraram anteriormente estavam mortas. Não matei, ninguém tampouco matou. Simplesmente não conseguiram sair do meu quarto e acabaram morrendo. Claro que elas não deveriam saber que sair não seria tão fácil quanto entrar, mas mesmo mantendo a porta aberta, duas borboletas morreram. Será que não puderam sair? Simplesmente não quiseram sair? Ou apenas não saíram a tempo, visto que mantive a porta aberta o tempo todo?
Por ora, me sinto como essas borboletas. Presa em uma realidade da qual não consigo sair. Não sei se por comodidade, falta de oportunidade ou, bem lá no fundo, por não saber. Sinto, de repente, que as coisas nunca vão mudar. Porque elas não podem mudar. Estão fixas, enraizadas, donas de uma realidade própria.
Com meu livre arbítrio, imaginei poder escolher o que queria para mim. Escolhi uma profissão, um estilo, um hobby e uma vida. Mas não pude seguir com todas minhas escolhas, pois continuo presa na mesma caixa. No mesmo cemitério de borboletas. Mudei a mim mesma, foi pouco. Mudar a realidade? Muito mais complexo.

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Criado por: Andréa Bistafa.
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