Reféns

Estamos tão presos a nós mesmos, tão reféns dos nossos próprios medos, que transformamos bênçãos em tormentas, sobrevivência em prisão, amor em indiferença.
Crescemos acumulando bens e menosprezando o próximo. Tentamos ser fortes e independentes, mas para isso queimamos toda a empatia como combustível. Transformamos futilidades em grandes problemas e a grandiosidade da vida em uma rotina monótona e, muitas vezes, infeliz.
Aprendemos a ser iguais e a apontar o dedo para o diferente. Desbotamos, evaporamos e perdemos a nossa essência. Éramos humanos, mas queríamos ser máquinas. Vendemos nossa alma por algo inanimado, mas jamais questionamos se as máquinas ousariam desejar, uma mísera vez que fosse, qualquer outra coisa que não tornar-se humano... 

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Criado por: Andréa Bistafa.
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