Olhando a figura a minha
frente
Reparo em sua falta de jeito
Ah, com o escárnio encho meu
peito
Sua formosura ao chão é rente
A deselegância faz-me
descrente
Tem aspecto de algo mal feito
A cor da pele, dos olhos,
eleito
Tão estranho, errado,
diferente
Com o padrão tão distante do
certo
De uma sociedade perfeita
Tento olhar o estranho de
perto
E vejo a imagem tumefeita
Refletida em espelho incerto
Era eu a pessoa imperfeita
Nenhum comentário:
Postar um comentário