Já
faz tempo que não me sento e encaro a página em branco. Não foi por falta de
ter o que desabafar, isso garanto. Mas tampouco venho aqui me explicar sobre o
que fiz, falei ou – muito provavelmente – deixei de fazer nos últimos tempos.
Sabe, o papel não me julga. E, diferente do mundo real, a luz branca e vazia
não me amedronta.
Lá
fora tudo é incerto, pesado e sufocante.
Aqui?
Apenas meus pensamentos que – por fim! – podem ganhar vida. Não sou de dizer
muitas palavras por aí. Aliás, tenho andando mais calada que de costume. Fechada
em uma página, não em branco, mas com rascunhos, rasuras, ranhuras e dor...
quanta dor.
Aqui
posso ficar calada, se quiser. E ainda tenho a sua companhia. Ou não.
Um final plausível
sempre me vem à mente. Charles Bukowski.
Incompreendido como eu? Não sei. Com uma cacetada de problemas? Probably.
Sempre penso que deveríamos ter este lugar para onde ir. Quando o peito não
consegue se acalmar, quando a mente não consegue se calar, quando o mundo e
tudo o que há nele se torna pesado demais. Quando a imensidão do lado de fora e
a imensidão do lado de dentro são mais fortes que o vazio que eu tento ignorar.
Ah.
Deveríamos ter este lugar. Se não para fugir, para se curar. Para conseguir
pensar com calma. Calma. Quem consegue sobreviver em meio à selva? Quem
consegue relutar à vontade de largar tudo, se jogar no primeiro trem, no
primeiro avião, no primeiro caminho para longe? Na primeira chance que vemos de
fugir de nós mesmos, na primeira oportunidade de acalmar a dor, o pranto, a
mente, o coração, a vida?
Não
dá para enfrentar certos abismos. Às vezes só precisamos respirar. Quando não
dá para pensar, tampouco falar e não queremos sentir. Nem sempre sentir é bom,
principalmente quando queremos alívio. Um lugar no qual não precisemos ligar. Que
possamos apenas acalmar o coração.
Ainda
bem que tenho esta página em branco.
Oi Amanda
ResponderExcluirMe identifico muito com seu texto. Ultimamente, ando precisando usar mais das palavras escritas pra desabafar do que estava acostumada. Ter um lugar onde poder me derramar me acalma. O mundo é muito cruel.
Vidas em Preto e Branco
où leurs cadrans et leurs lunettes sont modifiés en y ajustant des pierres.replique montre Inutile de dire que les pièces de rechange qui en résultent sont presque exclusivement horribles dans leur exécution, et même si elles ne l'étaient pas,rolex pas cher elles ne pourraient pas se rapprocher du travail réalisable uniquement par Rolex et son armée de gemmologues (voir le point 8 ici pour plus de détails). sur ça).
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