Às
vezes odeio todos os livros de autoajuda lotado de frases otimistas e premissas
de um futuro maravilhoso. Quando estou no poço e sinto-me afundar cada vez
mais, todas as frases positivas parecem promessas falsas, afinal, é muito fácil
dizer coisas bonitas quando se está no topo do mundo. Mas, no fundo do poço,
tudo o que é bom parece querer afundar junto.
E não é fácil sair do abismo. Há uma
areia movediça que prende os pés e um abraço que se passa por caloroso a
prender os braços, mas de caloroso não há nada. O negativismo parece seduzir
como qualquer outra coisa que vicia. Ficamos viciados em ficar para baixo. Nos
depreciar cada vez mais, porque jamais seremos bons o suficiente.
Mas não é verdade. Não há nada de
bom em sentir-se a mosca do cocô do cavalo do bandido. E os autores de
autoajuda foram sinceros com você. Não precisamos estar com a vida feita ou
plenamente satisfeitos para desejarmos o melhor para nós mesmos, é verdade:
você merece o melhor, simplesmente por estar nesse mundo enfrentando todas as
dificuldades desta vida louca.