Estamos tão presos a nós mesmos, tão reféns dos nossos
próprios medos, que transformamos bênçãos em tormentas, sobrevivência em
prisão, amor em indiferença.
Crescemos acumulando bens e menosprezando o próximo. Tentamos
ser fortes e independentes, mas para isso queimamos toda a empatia como
combustível. Transformamos futilidades em grandes problemas e a grandiosidade
da vida em uma rotina monótona e, muitas vezes, infeliz.
Aprendemos a ser iguais e a apontar o dedo para o diferente.
Desbotamos, evaporamos e perdemos a nossa essência. Éramos humanos, mas
queríamos ser máquinas. Vendemos nossa alma por algo inanimado, mas jamais
questionamos se as máquinas ousariam desejar, uma mísera vez que fosse,
qualquer outra coisa que não tornar-se humano...
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