Acordei querendo sentir aquela euforia de que
o mundo é meu, de que o ar que inspiro é repleto de poesia, diminutas partículas
de vida que instigam meu cérebro, como cafeína.
Acordei querendo sentir que o momento é
agora, que o presente é a maior dádiva que poderíamos ganhar, que o futuro é só
uma partícula de poeira ao vento. Que essa partícula somos nós, dançando e
sendo levados para onde for preciso, atravessando os quatro cantos de um mundo
tão vasto, tão belo, tão plano.
Acordei com aquela sensação de que a vida é
eterna e efêmeros somos nós, que pensamos demais. Acordei querendo sorrir,
cantar, viver! Há tanto para ver, fazer, sentir!
Acontece que acordei tarde. Na verdade,
sequer acordei. A vida passou como um sopro quente de verão. No mesmo instante
em que estava, se foi.
E ainda havia tanto para ver...
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