Engraçado
como o tempo é relativo. Aquela velha história de que em momentos bons as horas
voam e em momentos não tão bons as horas se arrastam. Bobagem, hora é hora. O
tempo é o mesmo. O que passa diferente é a nossa percepção. Igual aquela outra
história, de que os dias são longos e os anos são curtos. Só mais um ponto de
vista. Mas são tantos pontos de vistas no mundo.
Engraçado mesmo é como nossa
memória é curta. É claro que nos lembramos muito bem dos momentos sórdidos das
nossas vidas, mas do mesmo jeito que o tempo é relativo, nossa memória também.
Já demorei o dobro das horas que normalmente levo para chegar à praia, devido
ao trânsito, vencendo o calor, o sol e as dores na perna. Mas não me lembrei
disso no último feriado. Assim como não me lembrei do quanto foi difícil
conciliar o trabalho com os estudos, quando optei por fazer outro curso após a
faculdade. Também me esqueci das dores musculares quando decidi voltar à
academia. Esqueci que a saudade dói, esqueci que dançar em cima do salto alto à
noite toda dói, esqueci que dormir tarde quando se acorda cedo no dia seguinte
é uma péssima idéia, que ir pra balada quando se trabalha no outro dia é uma
péssima idéia, que, às vezes, viver como se não houvesse amanhã é uma péssima
idéia. Ou não. Mas realmente devo ter a memória curta, porque já repeti todas
essas coisas inúmeras vezes. E esqueci da dor, da dificuldade, do trabalho.
Porque talvez viver ao máximo peça um pouquinho de esquecimento: esquece-se a
parte ruim para só restar a boa. E dessa parte boa eu lembro muito bem: é a que
quero levar comigo. Talvez para ser feliz não precisamos nem de muita memória,
nem de muito tempo. É tudo uma questão de perspectiva.
Amei, amiga! Bem isso mesmo... É como ir no parque de diversões e andar na montanha-russa: você jura que nunca mais entra naquilo, mas na próxima vez que volta ao parque a primeira coisa que faz é entrar na fila. É um mal necessário KKKKK.
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