Acostumei-me a ser um alvo, a estar por baixo, a pensar que
poderia ser pior. A acreditar que não merecia, que não conseguia, que nunca
seria suficiente. Tive a autoestima esmagada, massacrada.
Me culparam por isso também.
Você deveria ser mais forte. Mais confiante. Falar mais alto.
Mais incisiva. Mas eu estava quebrada e não podia juntar meus cacos. Demorou um tempo para entender que algumas pessoas
sempre irão tentar pisar em você. Às vezes nem é pessoal, elas só precisam te pôr para baixo para se sentirem melhor. Custei a entender que essa era uma característica deles,
e não minha.
Eu era eu, mesmo com minhas
imperfeições. Com meus defeitos cruéis. Com meus monstros enraizados. Eu nunca precisei pisar em
ninguém. Mesmo com meus medos, segui em
frente. Mesmo com minhas inseguranças, continuei procurando o que quer que
precisasse encontrar. E encontrei algumas coisas pelo caminho.