Perdoe-me pelos meus erros, por não ser
perfeita. Perdoe-me os erros de português, a fala carregada de gírias, o fato
de pensar estar sempre certa.
Desculpe-me
se tomei o caminho errado, se me perdi em meus equívocos, se não parei no sinal
de trânsito ou se chorei quando deveria sorrir.
Perdoe-me
se senti demais, se deixei as emoções aflorarem e não pensei racionalmente, se
caí enquanto corria ou se cheguei atrasada em um compromisso importante.
Desculpe-me
a ligação errada, a falta de jeito, a tentativa fracassada de parecer segura.
Perdoe-me
se venho errando diariamente na tentativa frustrada de acertar. Perdoe a
ansiedade e o medo e a vontade de querer transformar tudo em um lugar melhor
quando eu mesma ainda não sou o melhor de mim.
Desculpe-me
se as pessoas desejam perfeição, mas humana fui e serei e, mesmo que relutante,
aceito que jamais me tornarei o que não posso ser.
Perdoe-me,
mundo, por ser humana demais.