Há alguns meses precisei escrever uma crônica humorística para a Oficina de Criação e Edição Literária (que frequento pela Prefeitura de Jundiaí, ministrada pelo excelente escritor André Kondo). Não sei se gostei do resultado, pois humor não é o meu forte rs. Mas resolvi compartilhá-la, afinal, esse tempo lindo que anda fazendo em São Paulo pede uma praia, não? Então, boa viagem!
Ilhabela da depressão
Quem já viajou para Ilhabela sabe o quanto
ela se assemelha a um pedacinho do paraíso, localizado no litoral paulista.
Seja pelas águas cristalinas, pela areia limpinha das praias ou pela paisagem
abundante da natureza que a emoldura.
Cheguei à Ilhabela numa tarde nublada de
sexta-feira. Decidi conhecer a Praia do Curral, pois como o recepcionista da
pousada em que me hospedei disse, era um pé aqui e o outro ali e eu chegaria, perto,
perto. Esse pé aqui e o outro ali durou quase uma hora de caminhada. Tudo bem, afinal,
uma caminhadinha não faz mal a ninguém. Quando cheguei à praia, a vista das
ondas colidindo calmamente na areia clara, mesmo que não houvesse sol, foi o
suficiente para me fazer esquecer o pequeno contratempo. Uma pena que também me
esqueci do repelente contra insetos, até porque seria apenas um pulinho rápido
na praia, não é mesmo? Enquanto o repelente repousava tranquilamente na
pousada, a caminhadinha rápida pela areia úmida foi o suficiente para me fazer
ser atacada mais de dez vezes pelos borrachudos. Obviamente, nos próximos dias,
as picadas incharam e ficaram do tamanho de tomates maduros, trazendo uma
sensação nada refrescante ao molhá-las na água do mar. Lição nº 1 – Nunca subestime um borrachudo!