Deitada sobre a rede, no sol fraco de uma tarde de outono,
me encontro encarando a lua com olhos curiosos. Agora, tão pálida, sob o céu
claro e sem nuvens, num tom azul bebê. Tão distante de mim. Não sei ao certo
por que não consigo tirar os olhos dela. Não sei por que, de repente, sinto
meus olhos umedecerem.
Ainda com o olhar perdido na imensidão do espaço, penso
em como sou tão estupidamente pequena. Como a raça humana é minúscula se
comparada ao universo com toda a sua grandiosidade. E o quanto há para ser
descoberto por aí, por entre as nuvens inalcançáveis do céu.