Começo
de ano só se fala em vida nova, renovação e mudanças. Um clichê anual, já que o
início de um novo ano é apenas o início de mais um ciclo de 365 dias, composto
por quatro estações e um calendário novo que não nos permite nos perder no
tempo, não? Ou será que é justamente o inverso?
Por que não ser uma hora de se
renovar, se reinventar, traçar metas, elaborar planos, priorizar objetivos e
partir para luta? Todo mundo tem um sonho, isso eu afirmo com convicção. Mas o
que é preciso pra ir pra guerra por esse sonho? A hora certa, o momento certo?
Que tal um calendário novo? Ou é melhor se esconder atrás do velho clichê de
que somente muda a folhinha do calendário? Com certeza essa opção é mais
reconfortante, é cômoda e não sai da nossa zona de conforto.
Não digo que
precisamos de fato de uma data especial e universal para irmos atrás do que
desejamos. Penso por mim, é claro. Mas e se uma parcela da população se sente
mais confortável se realmente houver uma data? Por que não achar motivos para
finalmente abrir mão de tudo que nos impede de alcançar o horizonte? De abraçar
a felicidade e não deixá-la escapar, não a trancando a sete chaves, mas ingerindo-a
em doses homeopáticas todo dia.